A CLÍNICA, DA REDE À ESTRUTURA TRANSACIONAL

Uma das consequências desta transformação resultou numa fragmentação e diluição do capital com, por um lado, a aquisição das propriedades dos fundadores e, por outro, a entrada muito frequente de vários acionistas, estrangeiros ou não o mundo das clínicas (laboratórios de biologia, farmácias, notáveis locais, grupos mutualistas, grupos de clínicas ou mesmo investidores individuais).

Essa ampliação da composição do capital das clínicas multiplicou os interesses de acionistas, sócios e administradores, bem como as combinações de coalizões entre eles. A aposentadoria dos fundadores atuou como fator desestabilizador para a clínica médica.

A complexidade do desenho organizacional que atravessa todos os arquétipos clínicos pode ser comparada a um conjunto de Lego; o entrelaçamento de múltiplas sociedades (sociedades anónimas, sociedades civis imobiliárias, sociedades civis profissionais, sociedades de recursos civis, sociedades de facto, sociedades de exercício liberal, associações) com interesses muitas vezes divergentes, por vezes contraditórios, lembrando aliás elementos encaixados entre si mas sem qualquer consistência geral real.

Além disso, as minis clínicas ainda podem ser sobrepostas a este sistema: para a maternidade, que inclui uma sociedade civil imobiliária vinculada à sociedade civil imobiliária da clínica, bem como uma empresa operadora dedicada à gestão da maternidade; para plataformas técnicas específicas (em biologia em particular). Teste de Esteira Clinica Boechat